A Cura pelo Amor V

Queridos e abençoados médiuns:

Irmãos abnegados que atuam na bendita seara cristã, sois os obreiros da última hora, chegados à vinha exatamente no momento determinado pelas esferas superiores para o derramamento do “Espírito Santo” à humanidade da Terra. Aproveitai bem esta oportunidade ímpar que se abre para todos vós no exercício da mediunidade com Jesus, em prol de vossa evolução e de vossos irmãozinhos de jornada evolutiva.

Sempre defendemos o conceito de que:

"Um médico não tem o direito de terminar uma refeição, nem de escolher a hora, nem de perguntar se é longe ou perto, quando um aflito lhe bate à porta. O que não acode por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar-se fatigado, ou por ser alta noite, mau o caminho ou o tempo, ficar longe ou no morro; o que, sobretudo pede um carro a quem não tem com o que pagar a receita, ou diz a quem lhe chora à porta que procure outro, esse não é médico, é negociante da medicina, que trabalha para recolher capital e juros dos gastos da formatura. Esse é um desgraçado, que manda para outro o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza de seu espírito, a única que jamais se perderá nos vai-e-vens da vida."

Pois bem, hoje, labutando, diuturnamente, nas fileiras da Terceira Revelação quero vos dizer com muito carinho que tal assertiva também se aplica ao medianeiro da espiritualidade maior, em serviço na carne. Ele não é também um médico de Deus intermediando as "receitas" ditadas pelos irmãos destituídos de corpo físico, objetivando curar os seres humanos das doenças morais que acabam por espoucar no corpo denso, como vai comprovando cada vez mais a medicina psicossomática?

Médiuns, criaturas de Deus que tanta responsabilidade carregam em seus ombros, também deveis abraçar com santidade o sacerdócio que vos foi legado pelo Criador dos Mundos. Vosso "voto de Hipócrates" para com a tarefa de esclarecimento da humanidade necessita ser exercido com santidade, sem remuneração, qualquer que seja, com desprendimento e dedicação, pois foi esse o luminoso compromisso que aceitaste antes de descer ao plano denso para lutar pela vossa cura e de vossos companheiros de jornada terrena.

Há quantos milênios estamos desprezando o divino chamado? Há quantos milênios estamos adiando nossa colaboração na evolução planetária?

O "talento" da mediunidade não deve ser enterrado como ocorreu na parábola ditada por Jesus Cristo, mas sim, utilizado na construção de um mundo melhor, pois esta é a função precípua do fenômeno mediúnico no Universo, ou seja, servir de norte para as criaturas, revelando-lhes os caminhos corretos a seguir na busca pela “cura definitiva” e, conseqüentemente, da felicidade que é o objetivo maior de todos os seres que povoam as diversas moradas da Casa de Pai.

Mediunidade significa percepção, faculdade hipersensibilizada em alguns, que serve de contato interdimensional, estando, porém o médium na posição daquela pessoa que abre a porta de sua "casa" e que, por meio dos hábitos e atitudes adotadas no interior de sua "casa mental", elege os visitantes que adentrarão em sua constituição psíquica e o tipo de atividade que lhe propiciará esta posição de medianeiro do além túmulo, junto aos caminhantes da carne.

O compromisso primeiro de todo médium é para consigo mesmo, ou seja, na busca da sua reforma interior, do seu aperfeiçoamento moral, que atrairá apenas luminosos "convidados" para a sua moradia, ou então, estará sujeito a receber "convidados indesejáveis”, que dificultarão sobremaneira o exercício proveitoso da faculdade que precisa ser bem administrada e educada para servir ao objetivo maior de colaborar com o Cristo no aperfeiçoamento da humanidade terrena, que trará a cura definitiva ao cidadão terreno.

Sois, portanto, verdadeiros médicos e enfermeiros, primeiramente em causa própria, como precisa entender todo aquele que aceitou o "Mandato Mediúnico" de que fala o irmão André Luiz, sendo assim imprescindível que labuteis incansavelmente em vossa autocura por meio do Amor, que vos pedimos humildemente neste momento de vossa caminhada.

Atingida a consciência desta tarefa sagrada que lhes foi confiada, poderão os médiuns disseminados em todas as religiões e crenças do planeta, pois a mediunidade não é e nunca foi privilégio do Espiritismo, atuarem com muito mais eficácia no trabalho impostergavel da “Cura pelo Amor”, levando aos seus irmãos de caminhada palavras de consolo, conforto e também instruções e programas de vivência lastreados nos vários códigos morais que existem no planeta.

Neste particular, é sempre bom demonstrar aos médiuns e a todos os seres humanos, em geral, a excelência do Evangelho de Jesus como tratado universal da saúde do espírito, que pode também trazer à mediunidade o lastro moral e, conseqüentemente, espiritual para tornar o seu derramamento um bálsamo a curar as chagar físicas e morais dos seres humanos da terra.

Como já foi explicado por outros irmãos, Jesus, como Médico de Almas, deixou para todos os tempos o roteiro seguro para a cura dos homens. "Bem aventurados os mansos e pacíficos...", "Bem aventurados os puros de coração...", "Perdoa setenta vezes sete vezes...", "Ama a teu próximo como a ti mesmo...”, e, tantas e tantas outras recomendações deixadas pelo Mestre, constituem-se em verdadeiras "receitas" aviadas para quaisquer tipo de males, cabendo aos médiuns, como intérpretes da espiritualidade maior, divulgar com carinho, Amor e muita dedicação a terapêutica evangélica nesta hora de dores acerbas que vive a humanidade.

Portanto, irmãozinhos queridos, médiuns a serviço da luz, lutemos juntos para fazer deste orbe um lugar de União e Paz, um planeta sem tantas moléstias do corpo e do espírito. Esforcemo-nos para dignificar o mandato que nos foi outorgado pelo Criador. Façamos da mediunidade um instrumento de cura a serviço da humanidade. Utilizemos essa faculdade maravilhosa que o Pai nos deu para aliviarmos as dores de nossos irmãos, mas, principalmente, para esclarecê-los quanto à possibilidade de autocura através do Amor.

Vivamos em nosso dia-a-dia as lições que transmitimos aos homens. Apliquemos em nossas vidas, primeiramente, os conselhos recebidos da espiritualidade, e assim, seremos exemplos vivos dos processos de Cura pelo Amor existentes no Cosmo, os quais nos cabe levar aos nossos irmãos, como tarefa luminosa, ante a qual nossos prazeres efêmeros e nossas ocupações fúteis precisam ser colocadas em segundo plano, em prol do sucesso desta “Missão de Caridade” que aceitamos nesta vinda de agora.

Que a Mãe Maria, com suas legiões de médicos do espaço possa guiar a todos aqueles que desejam sinceramente cooperar com o saneamento do globo e de sua humanidade, e que Jesus, o Divino Médico esteja sempre nos inspirando sobre as melhores atitudes a adotar em nosso relacionamento com Deus, nossos irmãos de caminhada e conosco mesmos.

Luz e Paz!

Bezerra de Menezes

24.12.01

7:44h

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